quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Charqueda São João

Hoje (16/02) tive novamente a oportunidade de visitar a Charqueada São João , localizada em Pelotas no Rio Grande do Sul às margens do Arroio Pelotas, a charqueada foi construída em 1810 por Antônio José Gonçalves Chaves. e hospedou o viajante Francês Auguste de Saint-Hilaire.
Em 2002 a Charqueada foi palco da miniserie da Rede Globo  "A Casa Das 7 Mulheres " , onde contou a historia do charque no Rio Grande do Sul , Brasil e Uruguai.
Lá estão móveis , roupas e muitas outras coisas de 200 anos atrás , lá somos Recebidos por uma pessoa que nos conta toda a historia da casa e parte da historia do charque em Pelotas.Tenho Poucas  fotos pois nao era permitido tirar fotos dentro da casa , espero que gostem dessas que tenho.





quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fotografia : Arte que Interpreta a Realidade

"Fotografar não é apenas pegar a câmera e sair tirando fotos por ai, o fotógrafo deve ter uma boa imaginação, um bom olho pra ver o que está acontecendo e poder 'eternizar' aquele momento". 
Assim definiu com brilho nos olhos o que é fotografia alguém que de fato é um amante do que faz. Ítalo dos Santos, 18 anos. Natural de Pelotas e morador do Bairro Arco-Íris, ele conta que não pensava em ser fotógrafo, diferente de várias pessoas que sempre almejam exercer determinada função, eu já não perdi tempo e fui logo dizendo "saiba que eu quero ser jornalista". Aprecidor do que faz, Italo conta: "Muitas pessoas começam uma profissão por acaso, e esse foi o meu caso, comecei a gostar do que estava fazendo. Então comecei a ler livros. Vejo fotos de outros fotógrafos para aprender mais e tento sempre ficar na volta de outros fotógrafos para aprender cada vez mais, porque em toda profissão precisa-se de estudo". E para minha satisfação ainda conclui: "E eu como você quero ser um dia um jornalista, só que especializado em fotojornalismo". 
Conforme vamos conversando, comentamos sobre as dificuldades que não é particularidade de nenhuma profissão. E ele, que não cansa de demonstrar sua satisfação em fotografar, fala sobre suas primeiras dificuldades: "Quando ganhei minha primeira câmera, que não era das melhores, gostei muito de tirar fotos com ela. Alguns fotógrafos já experientes me diziam que eu tinha futuro na 'coisa', mesmo usando uma câmera de qualidade ruim". Com passar do tempo ele adquiriu mais conhecimento e a vontade de aprender crescia mais ainda. "Decidi então comprar uma câmera melhor, mas não foi uma câmera das boas, foi uma um pouco melhor que a anterior". Ainda sim ele continuou usando uma câmera "meia boca" por um ano, segundo ele mesmo relata. Após estudar e conhecer mais ainda sobre fotografia, Ítalo decidiu adquirir uma câmera que lhe permitisse colocar seus poucos conhecimentos em prática e desbravar ainda mis esse universo: então ele comprou uma câmera semi-profissional, a qual utiliza às vezes até hoje. 
Tanto empenho e vontade logo deram resultado e no mesmo ano que adquiriu sua câmera nova ele recebeu uma proposta de trabalho. "Vi que precisaria de uma câmera profissional, que com a semi-profissional eu não iria conseguir fazer o que me foi pedido". E mais uma vez ele teve que correr atrás de seu sonho: "Comprei a câmera depois de muita luta do meu pai para conseguir o dinheiro, pois equipamentos fotográficos são muito caros". Mesmo antes de atender minha solicitação, a de me conceder uma entrevista, o jovem que com certeza ainda terá muito sucesso em sua carreira profissional já demonstra claramente o sonhador que é, e que não mensura esforços na luta pelo que almeja. Ele ainda revela de forma satisfatória: "Quando peguei a câmera pela primeira vez , tirei a primeiras fotos e falei pra mim mesmo 'é isso o que eu quero pra minha vida', tenho certeza disso". 
Entrevista exclusiva com Ítalo Santos: 

Desde quando você trabalha com arte?
Não sei dizer exatamente, mas acho que fazem três anos. Quando ganhei minha primeira câmera fotográfica que não era muito boa. 
O que o motivou a trabalhar com isso?
Eu sempre gostei de foto desde que era criança. Via minha mãe tirar fotos nos aniversários  e queria fazer o mesmo.Ela não emprestava a câmera pra mim, mas mesmo assim continuei gostando. A motivação maior é saber que o registro que faço é um registro de certa forma eterno, pois a imagem capturada pela câmera é como se desse um pausa em um filme.
 

Quais as maiores dificuldades encontradas na área?
A maior é o preço do equipamento. Os acessórios como lentes, flashes e câmeras não são feitos no Brasil, são todos importados da Ásia de países como Japão, China e Taiwan. Outra dificuldade é na parte de conseguir emprego, é muito difícil conseguir um emprego nessa área que pague um bom salário. O investimento que é feito no 
equipamento demora muito tempo para retornar.
 

Como é o processo de produção dos materiais?
O Processo é semelhante a antigamente, quando levávamos o filme para revelar. Hoje o serviço é facilitado pela tecnologia. Levamos apenas o cartão de memória e CD onde armazenamos o material. O preço menor, pois com o filme se "tirava" no máximo 36 fotos, e agora com um cartão podemos tirar mais de 1000 fotos com um só cartão de memória.
 

Você consegue manter-se do seu trabalho?
Renda sempre tem alguma, mas viver da fotografia ainda não está sendo possível , pois onde trabalho o salário não é muito alto , e nem sempre pagam em dia . Mas ainda espero  me manter só com a fotografia, é um dos meus sonhos, porque é o que eu gosto, o que eu sei , e que eu quero. 
Todo profissional tem sua inspiração, dentro do seu trabalho qual o seu grande ponto motivador?
Meu ponto motivador são as críticas e elogios, quando se recebe uma crítica você procura melhorar cada vez mais o seu trabalho, sabendo que pode fazer melhor do que foi feito antes e depois receber elogios de todos que você conhece, inclusive de amigos e parentes. 
Você já trabalhou e/ou teve a oportunidade de conhecer outras cidades que teriam marcado seu trabalho?
Ainda não tive à oportunidade de trabalhar em outra cidade , mas espero que em breve eu possa trabalhar. Devo tudo à Pelotas, pois foi aqui que comecei meu trabalho e é aqui que continuo trabalhando e espero trabalhar mais algum tempo antes de ir pra outra cidade. 
Você acha que falta valorização por parte da população para o seu trabalho?
Acho que sim, nem sempre a pessoa sabe da dificuldade de conseguir uma boa foto. Já peguei chuva, frio e quase briguei com outras pessoas para conseguir uma boa foto. Quem não sabe da dificuldade do preço do material que precisamos para fazer uma boa foto não imagina o que passamos durante nosso dia-a-dia.
 

Qual deve ser a maior qualidade de um profissional das artes?
Sempre estudar mais sobre aquilo que você faz e sobre outras coisas também, pois nunca se sabe o que pode acontecer no futuro, quem quer seguir qualquer carreira sempre tem que procurar qualificar-se cada vez mais naquilo que está fazendo. 


O trabalho do entrevistado pode ser conferido nos seguintes endereços:
* http://www.flickr.com/photos/italosantos/
* http://isphotos.blogspot.com/ 
Seu email para contato é:
* italo@forumxavante.com